Do filme "Esquadrão suicida" |
Enfim o segundo Natal em pandemia.
Primeiro Natal sem meu pai, fizemos
Natal em família e foi com muito mais pessoas do que eu imaginava e queria. Mas...
todos vacinados, a muitos já com a terceira dose, vacinados contra a gripe
também. Enfim, nos vimos, mas tentamos ainda ficar com alguns cuidados, janelas
abertas, espalhados entre copa, cozinha, sala, quintal e garagem. Deu certo. (Vamos
ver daqui uns dias se deu mesmo).
Estou desanimada, sinto a depressão
agindo, chegando de mancinho, estou medicada mesmo assim sinto como se estivesse sem energia, sem
ânimo para fazer nada, sem vontade de rir, não achando graça em nada e sem
sentir felicidade.
Faço força até mesmo para ficar
sentada, não tenho vontade de nada, só de ficar deitada. Mas levanto, limpo as
areias dos gatos, ajeito a casa e quando necessário cuido das plantas. Como só
tenho suculenta, não preciso de despender cuidados diários.
Preguiça até de escrever aqui.
Mês que vem terei de rever minha
medicação, tomo Bupropiona 150mg. Mas por causa do glaucoma, meu médico vai ter
que rever isto.
Preguiça de ir ao médico também.
Mas ontem tive ânimo de pintar o cabelo com as mesmas cores
da Arlequina (amo esta personagem). Achei que combinou comigo. Tudo diferente em mim parece normal. Todo
mundo fala isto, e eu tenho certeza.
Natal sem
meu pai foi ruim mas sempre tinha um para ficar imitando ele e lembrando dele.
Ai, quero chorar... dói demais perder um
pai, ainda mais para o Covid, na UTI, passar seus últimos dias isolados lá. Tá
difícil... muito difícil.
Sinto-me tão mal que parece que vou desfalecer só por ter feito o esforço de ficar sentada.
A sensação que tenho é que a reunião familiar acaba comigo, sempre achava que ficava mal por causa deste consumismo do fim de ano. Hoje acordei esgotada, fui na ceia de Natal mas aquela confusão só me fazia querer sair correndo. Aguentei por minha mãe e ficava pensando assim: _ Só algumas horas e depois daqui 1 ano de novo. Aí penso que ano que vem tem dia das mães, aniversário da minha mãe...
Vou deitar...
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