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19 de dezembro de 2017

Seroquel em idodos


É dei uma sumida. Primeiro porque estava em uma fase boa e comecei fazer aquelas faxinas de final de ano, sem pressa, jogando muitas coisas fora e organizando o que ficou. Estava em uma fase maravilhosa. Mas...
Meu pai foi internado e minha mãe começou quimioterapia por causa de um câncer de mama em estágio inicial. Foi um soco no estômago.
Neste período de internação tivemos um problema com o SEROQUEL. Os médicos para deixar meu pai quieto, dormindo e não ter trabalho com ele, começaram a dar SEROQUEL para ele. Meu pai não pode tomar nada parecido, tudo faz efeito contrário e o faz delirar, o tira da normalidade. Ele não pode nem com o mais fraco dos ansiolíticos. Ele vira um touro bravo e forte que vê conspirações em tudo. E ele não precisa, é super de boa, dorme bem, só a chatice de velho mimado pelas filhas, normal.
Estávamos sem entender o estado alterado do meu pai, aí no terceiro dia chega à enfermeira da noite e eu falei que era para dizer o nome e para que estavam dando cada remédio para ele. Quando ela falou SEROQUEL para ficar calmo... Proibi de dar, disse que se fosse preciso eu assinaria qualquer papel. Pararam de dar o maldito, meu pai depois de 72h foi voltando ao normal. Mas normal mesmo só depois de 10 dias. Temos que ficar muito atentas ao que dão para nossos idosos no hospital. Questionar tudo.
Meu pai recebeu alta, mas está dependente demais de ajuda para tudo, usando fraldas. Minha mãe triste, com medo do futuro, sem forças para cuidar do meu pai. Então estamos revezando em passar o dia, dormir com eles. Não tenho mais tempo para nada, quando tenho tempo quero descansar, assistir TV ou ler para tirar a doença de meus pensamentos. Nem estou conseguindo meditar.
Precisei aumentar a dose de Bupropiona e voltar a tomar Lítio, pq tomando o Bup sem Lítio, brigo fácil, fico ansiosa, nervosa demais.
Antes de o meu pai internar, aconteceu algo que me fez voltar ao Lítio. Depois de uma consulta a mastologista da minha mãe, uma pessoa veio me chamar para conversa e colocar o dedo em meu nariz (e eu sem Lítio). Vixi que meus 5 anos de meditação foram para o lixo, kkkkk. Dei uns gritos com a pessoa, dentro do hospital mesmo, só vi o segurança arregalando os olhos sem saber se ia se meter na briga familiar ou não. Acho que o segurança de 2 metros teve um pouco de receio de chegar perto de mim. Kkkkk. Depois que passei a meditar, nunca mais tinha brigado, ficou tudo guardado para este dia. kkkkk
Há muito tempo eu não ficava alterada, mas tudo junto, minha mãe recebendo o diagnóstico da malignidade do caroço no seio, a outra folgada lá procurando confusão na hora errada e na frente da minha mãe. Tipo, perto da mãe doente ela não vai reagir. Levou um susto. Acho que o térreo do Hospital todo, agora sabe que eu existo. Mandei-a para PQP e disse que não ia conversar com ela P... Nenhuma. Ela tentou insistir, aí eu gritei, porque talvez ela estivesse com problemas de audição, não ouviu da primeira vez né? Saí bufando igual um touro bravo.

Cheguei em casa, tomei um banho, meditei, fiz uma introspecção e não me arrependo, fiz certo, muito tempo paradinha, quietinha, zen, as pessoas acabam achando que podem pisar em você. Às vezes temos que dar a loka para nos proteger. Fiz o certo. Ela nunca mais vai colocar o dedo no meu nariz. Quem muito abaixa, mostra as calças né? Eu não mostro não.

15 de outubro de 2017

Sensibilidade a flor da pele




Ando muito sensível. Tudo me afeta de uma maneira desproporcional. E tem pessoas tão grossas neste mundo. Não estou podendo com isto.
Já pertenceram a algum grupo que só fica perto de você se você estiver bem? Sem problemas financeiros, saúde, familiar. Se você estiver com algum problema te tratam como se você fosse contaminá-los?
Pois é. Me sinto assim, contaminando por causa das atitudes de uns. Mau humor é falta de imaginação. Você faz uma brincadeira e a pessoa reage como se você estivesse insultando. Cansei. Quero me isolar.
Vou ficar em casa o máximo possível. Nada de enviar WhatsApp, mensagens no Facebook, ou similares. Ligar? Jamais. Se enviarem mensagens para mim ou me ligarem, atenderei, responderei. mas não brinco  mais com ninguém. Levei uma de uma colega, nem amiga é, que me deixou sem chão.
Um amigo falou, manda esta imagem para fulana que ela vai rir. Cara, pra que que eu fiz isto? Me ofendeu, e não era nada demais. Não respondi, só deletei o número dela não envio mais nada. Ainda se eu enviasse mensagens direto para ela, mas envio talvez, umas 3 por ano, só para manter contato.
Meu amigo ficou tão sem graça por ter pedido para eu enviar a imagem. E era uma coisa bobinha. Nem encaminharia isto para ninguém.
Ser humano é um saco, por isto prefiro meus bichos.
Pior que fiquei me culpando, me sentindo desajustada. Será que errei? Será que foi sem graça mesmo? Será que estou em euforia e por isto não percebi que a imagem ia gerar uma reação?
Aí enviei a mesma mensagem para mais 2 pessoas para ver a reação delas. As duas riram muito e não acharam nada demais, mandaram outra coisa engraçada parecida.... Então não devo ter errado. Ela que está com os monstros interiores dela. Mas me afetou.
Porque me afetou tanto? Estou sensível demais. Não gosto de ficar assim.
Baixou uma vontade de ficar isolada do mundo virtual. Mas por causa de uma vou parar de falar com as poucas pessoas que amo? Vou dar um tempo de grupos, da família não da para sair. Tenho que me preservar.
Estou com um turbilhão de sentimentos aflorados por tão pouco. Queria entender, queria acalmar, nem meditar estou conseguindo. Fora este calor dos infernos. Aff... Precisava colocar isto para fora, não tenho coragem de falar com ninguém Tive vergonha da reação dela. Como se eu realmente tivesse feito uma coisa muito errada.
Sentindo-me desajustada, auto estima no chão.

12 de setembro de 2017

Procrastinção



Tô assim....

Estou com tanta preguiça...
Tantas coisas para fazer. Tempo eu tenho, só não consigo fazer.
Estou vendo os dias passarem como um furacão e eu não faço nada.
Não gosto de estar assim.
Queria ter muita energia.
Triste comigo mesma.

2 de agosto de 2017

Preparando-me para um Ano Sabático, Shemitá

Por do Sol em Olhos D'água Goiás
Shemitá https://pt.wikipedia.org/wiki/Shemit%C3%A1
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Shemitá (hebraico): שמיטה, literalmente "libertação"), também chamado de Ano Sabático, é o sétimo ano do ciclo de sete anos da agricultura ordenado pela Torá para o povo de Israel.
Assim como o sábado é o descanso semanal das pessoas e dos animais, a terra também tem o seu sábado: seis anos são para a semeadura, mas o sétimo ano é de descanso.
Neste sétimo ano, é proibido semear o campo, podar a vinha, segar o que nascer da seara e colher as uvas da vinha não podada .
Apenas o produto do descanso da terra servirá como alimento, inclusive o gado e os animais da terra.
Após sete períodos de sete anos o quinquagésimo ano é santificado - este é o ano do jubileu.

Bem aposentei ainda “nova” cheia de ideias e planos. Vi que estava tão cansada de tudo que não resistia à minha cama e acabava por me deixar seduzir por ela.
Primeiro passo foi perceber que primeiro eu precisava descansar, cuidar da minha saúde física, mental e espiritual. Entreguei-me ao ócio sem culpa, regularizei a escritura de minha casa (um saco), organizei documentos, roupas para doar. Lógico que,  como sou dona de casa, não fiquei 24h sem fazer nada. Mas no meu tempo, quando queria, se queria. Permiti-me deixar a casa um pouco bagunçada para poder ficar de pijama fazendo maratona das minhas séries que eu nunca tive tempo de colocar em dia. Bendito Netflix.
Ok. Descansei. Pensei em tirar um ano sabático. Fui pesquisar sobre isto. A pessoa tem ideias muito diversas sobre o ano sabático. Quem tem grana pensa em viajar. Não tenho gana. E o que está dentro de mim sem resolver, vai comigo. Não vou fazer cursos, não vou assumir nada que tenha que me programar, marcar, seguir relógio. Preciso me recompor e é tão bom ter tempo para poder fazer isto.
“A experiência do sabático possibilita que a pessoa tenha um contato mais profundo
com ela mesma e encontre as suas verdades. Ao abrir-se para conhecer outras formas de vida,
ela amplia o seu mapa mental e passa a compreender outras perspectivas”
Resolvi fazer minha visão de ano sabático. Uma viagem em minha própria vida, um recomeço, um novo caminho ou pelo menos uma forma nova de caminhar para um destino final, que não planejo, entrego ao Divino.
Não quero mais a vida que levava. Muito barulho, muito drama, muita fofoca e problemas. Vida de professora de séries iniciais não é fácil. Você se vê nos dramas familiares dos alunos, mulher demais trabalhando com você. Chegaaaaaa. Minha profissão passou a ser minha obrigação, não existia mais a excitação inicial. Só sentimentos de obrigação.
A família e os amigos cobram, quando me veem já perguntam. O que você está fazendo. Não pode ficar atoa, vai adoecer... Sabe aquela coisa de mãe de primeira viagem, todo mundo tem um conselho? Então, quando você aposenta é a mesma coisa. Todos querem dar palpites e arrumar coisas para você fazer.
Comecei meu ano sabático, vou resignificar minha vida. Quero sentimentos novos. Sem planos a longo prazo. Sem cobrança. Um período para renovar, assim como a Mãe Terra precisa de um ano para descansar e voltar a ser semeada, sinto que preciso do mesmo. Como estou cansada destes 31 anos trabalhando sem parar, com a saúde sempre mais ou menos a ruim. Este ano de folga pretendo descansar minha cabeça para ela voltar a produzir bons frutos.
Já me perguntaram se eu não vou sentir tédio. EU QUERO SENTOR TÉDIO. Nunca tive a oportunidade de sentir isto. Preciso me esvaziar para me encher com o novo, o belo, o que me traz alegria. Estou ainda cheia do passado e de lembranças muitas vezes não tão boas. Quero me esvaziar para dar chance a coisas novas entrarem em mim. Meu ano sabático será um preparo para um novo caminho a partir de uma trilha linda que vou encontrar.
Só de ter tomado esta decisão já sinto-me mais leve e renovada. Quem sabe vou para Olhos D’água GO? Lá é um pedacinho do Paraíso.
Que venha o novo!!!

14 de julho de 2017

Melhor explicação sobre como a depressão se intala


Outro dia fui visitar um amigo que a mãe havia falecido há algum tempo. Ele estava meio sumido e meio recluso. Ele não tem a depressão doença, mas passava por um período depressivo.
Meu psiquiatra fala que depressão com motivo não é doença, é fase. Passa... Tem que ficar atenta, mas passa.
Este amigo me explicou pelo que tinha passado quando a depressão se instalou, achei superinteressante a explicação dele.
Ele comparou a vida social de um solteiro.
1.      No começo você a vai a balada 4 vezes na semana.
2.      Aí começa ir 3 vezes. Para que sair 4 vezes na semana? Gasta muito...
3.      Mais para frente você repensa e resolve sair só na sexta e sábado que é o dia que tem mais mulher bonita.
4.      Depois você começa a sair só na sexta. Aliás, você não pode dizer para seus amigos que ficou em casa na sexta-feira.
5.      Depois você deixa de ir à balada. Começa a se achar velho para isto. Já saiu demais, é sempre a mesma coisa, as mesmas conversas.
6.      Resolve fazer programas mais light, cinema, comer.
7.      Isto também perde a graça. Resolve ficar em casa e curtir um Netflix comendo pipoca.
8.      Para de abrir a janela porque não quer socializar com os vizinhos.
9.      Não se arruma mais. Para que? Só vou comprar comida, vou de chinelo mesmo.
10.   Quando ia receber visita, colocava uma roupa bonita. Depois percebeu que as visitas não iam deixar de gostar dele se ele as recebesse de bermuda velha e barba por fazer...
11.   Começa a pedir tudo pelo Ifood, internet, delivery...
12.   Se toca que está estranho tudo isto. Percebe que está em depressão. Sempre achou que isto era frescura de mulher.... A depressão se instalou.
Ele me falou isto com tanta emoção, tanta verdade. A sorte dele é ter amigos verdadeiros que o apoiam. Mas a marca ficou, susto, o medo desta escuridão voltar, o reconhecimento de que ela existe.
Achei interessante. Nunca tinha visto de fora a depressão se instalar assim. Tenho amigas que sofrem de depressão. Mas assim, o primeiro episódio, nunca tinha visto.
É uma doença que vem lentamente, vai mudando você, sua vida, sua percepção de vida. Quando você percebe, já está prisioneira de si mesma, de suas emoções, o mundo parece perder a cor ou desaparece, só sua dor parece real e importante...
Meu amigo já melhorou, já retomou sua vida.


21 de maio de 2017

Primeira regra da saúde mental


      Sabe, só quem passa pelo que nós passamos vai nos entender. Muitos profissionais da saúde são tão leigos quantas outras pessoas.
Portanto, não justifico mais, não explico, não argumento, apenas observo. Nem responder mentalmente eu respondo. Perda de tempo. Faço cara de paisagem. Respondo com um:
_NÃO TE INTERESSA.
Ou:
_Pode deixar eu tenho excelentes profissionais me acompanhando. Não preciso da opinião de leigos.
Ou:
_ Nossa!!! Não sabia que você é formada em medicina!
Ou:
_ Estou aqui me perguntando, o que eu falei para você achar que quero tua opinião, ou que você pode dar palpite na minha vida.
Mas falo sem tom de voz de raiva, às vezes até sorrindo. Ou com cara de jogador de pôquer, sem expressão. Nunca alterada.
No começo é chato, mas as pessoas passam a não se meter na sua vida mais. Uma pitada de cinismo e distanciamento faz muito bem.
Se falam:
 _ Você está se tornando antissocial: Respondo:
_E daí? Está atrapalhando a sua vida em que mesmo?
Sim, distancio algumas pessoas de mim assim. Mas as que valem a pena ficam. Kkkkk. Mas na boa, sem raiva. Aprendendo a cuidar de mim e me preservar.
Poucos merecem algum tipo de explicação, ou querem realmente saber o que você precisa.  Só querem dar palpite na sua vida ao invés de cuidar da própria.

1 de maio de 2017

Preguiça ou letargia?



      Não consigo ME tirar da preguiça. Faço muita coisa em um dia e fico uns 3 sem conseguir fazer nada. Tudo está muito difícil de realizar. Fibromialgia atacadíssima, mas o desânimo é maior. Meus deuses....
      Queria conseguir simplesmente ficar deitada assistindo TV, ou lendo. Mas ficar deitada muito tempo sem me mexer as dores no corpo triplicam. E o pior... sinto culpa. Fico justificando com meu filho: _Estou com dor, vou pedir comida hoje. ou _ Vou fazer algo rápido e fácil.
      Ele me entende graças a Deus, não se importa, mas eu fico envergonhada. Estamos comendo mal porque faço coisas rápidas e muitas vezes não tenho ânimo de ir ao mercado ou varejão. O pior que com isto tenho gastado mais do que posso e engordado.... :(
      Meus deuses. Queria ser aquela pessoa que tem pique, que parece injetar energético na veia... Não sou. Pensei que quando aposentasse iria deixar minha casa 100% organizada. Aff... acho que isto nunca acontecerá.
      Meu filho é maravilhoso!!!



24 de abril de 2017

Vida de aposentada bipolar

Por do Sol em Brasília
Bem faz apenas 1 mês e 21 dias que aposentei, ainda não me sinto aposentada, nem com tédio, nem com saudades do trabalho, se é que um dia sentirei. Sinto-me de férias.
  No primeiro mês quis abraçar o mundo com as pernas. Tanto tempo me segurando para conseguir trabalhar, sendo “alegre”, suportando as dores da fibromialgia sem reclamar e me entupindo de analgésicos e antiflamatório para dar conta do recado. Mas não soube lidar. Me entreguei, sofri com as dores, fiz repouso, tive medo do futuro achando que ficaria assim, quase de cama para sempre.
  Acordei cedo todos os dias, queria arrumar a casa, armários, guarda-roupa... Comecei foi piorar, ficava me cobrando fazer as coisas e ter rotina. Porque todos falaram que era importante. Deprimi, as dores voltaram com tudo. Aí pensei. Pela primeira vez desde os 19 anos de idade que  vou poder respeitar meu corpo, fazer só o que eu conseguir e quiser. A casa existe para me servir e não o contrário. Não tenho marido para me cobrar e tenho um filho que vale ouro e me entende e respeita.
  Relaxei. Arrumo casa no dia que acordo sem dor. Só pela manhã, a tarde me reuso. Mas se tenho algum programa deixo a arrumação para amanhã. Estou com dores? Deito, assisto filme, faço comida fácil de fazer ou saio ou durmo ou vou caçar Pokémon (hehe). Gente, ficar sem trabalhar também é uma arte.
  Passado este um mês de aposentada, comecei a melhorar. Mas ainda estou aprendendo.
  Eu me dei até julho para deixar meu corpo se curar, ou pelo menos melhorar. Comecei a sair mais, ver o por do sol de Brasília que é linnnndoooo!!!! Desencanar com este negócio de ter que deixar a casa arrumada. Porque sempre tive isto, Domingo tenho que deixar tudo arrumado porque na segunda começa tudo de novo. Mas para mim agora todo dia é sábado.
  Queria entrar na academia, resolver isto e aquilo. Calma sua bipolar, sem pressa. Vou FAZER NADA até julho. Dar este tempo para meu corpo e mente que sempre quis e nunca pude. Em agosto paro, faço um introspecção, analiso a minha vida, crio uma rotina levando em conta minhas limitações, fibromialgia, bipolaridade. Estou ótima, nunca estive melhor. Tenho certeza que vou melhorar ainda mais.
  Olho para trás e vejo o quanto fui guerreira, quantos dias fui me arrastando trabalhar, mancando, chorando ou agressiva querendo matar um...  Sério, nós bipolares somos fodas. Vencemos batalhas diárias, temos dias péssimos, mas conseguimos ter dias bons apesar de tudo. Períodos bons, normais, produtivos. Somos MARAVILHOSOS!!!!
  Introspecção, introspecção. Um dia de cada vez, vivendo sempre o agora. Vai dar tudo certo.

Netflix me aguarde, vou te usar e muuuuito.

11 de março de 2017

Aposentei jovem!!! Consegui



               Aposentei dia 03\03\2017           
             Só tenho a agredecer a SEDF. Consegui trabalhar por 30 anos com meus altos e baixos. Os dois últimos anos readaptada, isto me salvou. SEDF foi uma mãe para mim.
              Sinto-me uma guerreira indo para Valhalla. Venci a batalha. Transtorno bipolar, fibromialgia, hérnia de disco. Mas dei conta de aposentar por tempo de serviço e antes da reforma da previdência.
               Meus 50 anos e todos que ficam sabendo que aposentei dizem não acreditar que eu tenho 50. Acho que pareço ser mais jovem mesmo. Estou sempre sorrindo, brincando, meus gostos , jeito de vestir, acho que pareço mais jovem mesmo. Mas não me sinto assim. Em casa, quando relaxo sinto-me com 100, 80 nos dias bons.
               Agora quando estiver com muita dor, não preciso mais fingir estar bem. Deito, durmo
               Por enquanto não quero fazer planos, quero descansar, cuidar de mim, dormir. Quero ter o privilégio de sentir tédio.
               Vou me dar o direito de ficar atoa por no mínimo 3 meses.
Na verdade a ficha não caiu ainda. Ainda não me sinto aposentada. Acordo sem o alarme do celular 6:30h. Tomo café da manhã com meu filho e fico procurando o que fazer, como se eu tivesse que adiantar as coisas porque depois não terei tempo.

Então vou só relaxar e esperar a adaptação. Comemorar e comemorar. Ir a cinema a tarde porque é vazio, sou anto-social e porque posso. Hehe
A mochila nas costas vou deixar para o segundo semestre.