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31 de dezembro de 2014

Relendo, limpando, podando minha vida


Hoje eu estava lendo este post http://memoriasdeumesquizofrenico.blogspot.com.br/2014/12/seja-o-seu-papai-noel-o-ano-inteiro.html  do blog do Júlio César “Memórias de umesquizofrênico”. Não perco nada que ele escreve, vou comprar o livro dele.

         Neste post ele fala do presente que ele se deu, privacidade, muito intenso, e coloca no final uma linda música, Meu Jardim de Vander Lee, me fez repensar meu ano.

         Este mês resolvi fazer como na música, cuidei de mim. Sei que desagradei meus familiares, porque para isto me afastei. Parentes as vezes nos sufocam, acham sempre que temos que estar disponíveis, mas quase nunca estão disponíveis verdadeiramente para nós.

Revendo minha vida percebi que nos piores momentos dela estava sem eles, sempre só eu e meu filho e amigos me socorrendo nas horas piores. Meus familiares nunca foram presentes na minha vida. Eu fui na deles, mesmo com minhas limitações.

         Mas não importa, este mês cuidei de mim, e pretendo fazer isto mais vezes, nos mínimos detalhes. Revendo, relendo, refazendo, regando, limpando, soprando, escrevendo, podando minha vida.

         Quando o Júlio descreve a alegria de pequenas coisas que já tenho, como; assistir TV, deixar o celular carregando sem preocupações, usar amaciante... Poxa! Que lindo! Tenho que dar mais valor a estas coisas sem precisar perdê-las.

         Que possamos nos reler, refazer, regar, limpar e podar mais neste 2015!!!!!


Meu Jardim





Música: Meu Jardim
Artista: Vander Lee
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

  Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
                                 Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho                              

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

12 de dezembro de 2014

Resultado da mudança de medicação para Bupropiona

Dia de faxina!!! Oba!!!


Nem gosto de elogiar, porque para tudo mudar de um dia para o outro não custa. Mas parece que a mudança para a Bupropiona está surtindo efeito. Estou bem melhor.

Primeiro me obriguei a meditar, nem que fosse seguindo a meditação online, as vezes não tinha forças nem para me sentar, mas ligava a meditação pelo celular no aplicativo Ustrean. Depois aumentei a dose do Cloridrato de  Bupropiona para 1 comprimido ao dia.

Resultado: energia voltando e (parece bobagem e alegria de pobre, mas quem passa por isto sabe como é) voltei a conseguir ter forças para arrumar quarto, ou pelo menos não bagunçar, manter a arrumação da diarista. Hoje até consegui mudar móveis da sala de lugar e jogar sacos e sacos de lixo fora, doar roupas. Lógico que foi com a ajuda da diarista, mas... é um avanço, um salto quase para a Lua comparado com o que eu senti o ano inteiro. Ainda não consegui sair de casa, mas um passo de cada vez.

As dores no corpo diminuíram com o Bupropiona e nem estou tomando mais o remédio para Fibromialgia.  Gostaria que isto fosse eterno, mas como às vezes mudo os polos... vai saber...

Para mim o que falta é eu conseguir voltar a caminhar ou ter disposição de fazer outro exercício e assim me sentir mais disposta e emagrecer o que engordei neste ano de letargia e sedentarismo absurdo. Quero ter forças para dirigir, nem isto tenho mais vontade. Um carro Zero, apenas 1 mês de uso e dirigi umas 3 vezes. Meu filho que me leva onde preciso. Não gosto disto.

Quando não consigo desligar minha mente e meus pensamentos em meditação, sigo a Meditação Online da Sahaja Yoga. Acho que é a Sahaja que tem me mantido sã e viva. Lógico que junto com meu Dr. Anjo. Não abandono meu tratamento tradicional, a não ser que o médico me dê alta.


Como a felicidade pode estar em pequenas coisas! Como imaginar que a arrumação de um guarda roupa ou sala me traria tanta felicidade. Estou feliz por estar aparentemente melhorando.!!! Não quero comemorar, porque amanhã tudo pode mudar. Cansativo isto, muito mesmo.








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8 de novembro de 2014

Depressão/fibromialgia voltando para a Bupropiona



Estou desde Fevereiro de atestado médico, sinto uma tristeza por ter perdido um ano da minha vida.
Eu não vi melhora, continuo ser energia para fazer qualquer coisa, engordando, fibromialgia me matando de dor e quando resolvi me obrigar a voltar fazer caminhada... fiquei com fascite plantar. Miséria pouca é bobagem.


Porque só ter depressão é pouco, a fibromialgia tem que acompanhar. Gente, que dor é esta? Parece mentira às vezes, outro dia até para pentear doía o couro cabeludo. Sinto-me com 200 anos. Tenho vontade de deitar e só assistir TV e ainda por cima com comando de voz, só para não mexer nem um músculo.
Aliás, só sei que tenho músculo porque doem, porque força mesmo necas. Antes eu caminhava 10 km todos os dias. Agora, acabei de conseguir fazer 10 minutos de simulador de caminhada e fiquei feliz. É a decadência mesmo.

Ontem meu Anjo trocou minha medicação, manteve o Lítio e trocou a Venlafaxina pela Bupropiona que no passado me dei muito bem com os dois. Ele tentou muito a Venlafaxina, mas não deu. O único problema da Bupropiona que costuma me fazer subir a escada da Euforia. Vamos ver no que dá. Do jeito que estou a Euforia nem chega perto, estou no fundo, bem lá embaixo.




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23 de julho de 2014

Definitivamente não gosto de psicólogas




Lógico que existem exceções, mas existem muitos psicólogos péssimos, picaretas, desinformados.

            Fiz terapia por muitos anos, minha psicóloga era maravilhosa e foi muito útil a terapia naquela fase da minha vida. Recebi alta.

            Sinto que não preciso mais de terapia, meu psiquiatra também não vê necessidade. Mas por eu estar de atestado médico, o pessoal da perícia médica resolveu que devo fazer terapia.

            Fui a uma psicóloga do CAPS (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS), consegui ser atendida lá porque uma amiga conseguiu para mim, era para ser só 4 sessões, conseguir um relatório e pronto. Detestei a mulher, implicou porque sou bem humorada, disse que meu diagnóstico estava errado, que eu devia parar de tomar toda a medicação e pronto. Falou que eu devia ter algo escondido, que se eu falasse para ela eu ficaria curada de tudo. Ou seja, hérnia de disco, bursite, pólipos no estômago. Se eu fosse na dela, eu teria parado de tomar medicação, abandonado o psiquiatra, porque para ela não precisa de psiquiatra, só psicóloga. É doida, mais que eu, vê se pode falar isto para uma bipolar, se eu estivesse  em euforia ou depressiva eu ia cair na dela. Aí só meu psiquiatra para me tirar da lama.

 Mas a perícia quer mais sessões. Fui em outra, marquei uma do plano de saúde porque estou sem grana. Cheguei lá ela tinha mudado o dia e não tinha me avisado. Tudo bem, voltei hoje, cheguei 13h, 13:45h me chamaram para fazer a ficha. Disseram que era ordem de chegada.

Como assim psicóloga atendendo em ordem de chegada. Oi?

_ Sim, ordem de chegada, você chega as 13h para conseguir ficar na fila para ser atendida. Chegou paciente na sua frente, você vai ter que esperar a Psicóloga chegar e  atender quem chegou na sua frente.

Nunca vi isto isto. Desisti, fui embora. Picareta.


        Uma vez fui em uma psicóloga e ela me pediu meus livros sobre Transtorno Bipolar para ela entender melhor. Oi? A paciente ensinando?


Vontade de ir na minha ex psico, mas não tenho grana.


Amanhã vou a perícia médica com o psiquiatra, sem relatório de psicóloga e nem tratamento. Vou falar a verdade e pronto. Vamos ver no que vai dar.



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20 de maio de 2014

Preconceito com relação aos doentes mentais

        Se você fala que vai a uma psiquiatra, as pessoas dão 2 passos atrás.

        Uma vez uma amiga tentou suicídio. A irmã dela gritava em altos brados que depressão é coisa de quem não tem o que fazer, que ela trabalhava muito e não tinha tempo para estas frescuras.
     
        Tive vontade de responder, mas estava mais preocupada com minha amiga, ignorei, mas falei altos palavrões internamente, sabia que um dia teria a oportunidade de responder.
     
        Não precisei, esta pessoa entrou em uma depressão tão profunda que precisou ficar internada por 1 mês. Não tive pena. Minha resposta estava dada.

        Mas eu já tive preconceito contra os esquizofrênicos, por desinformação e por conviver com um que não se trata corretamente e a família também não ajuda. Até conhecer o blog:

     MEMÓRIAS DE UM ESQUIZOFRÊNICO

        Particularmente este post (clique aqui)
     
        O preconceito muitas vezes é falta de informação, mas muitas vezes vem de experiências traumatizantes. Seja o que for, informação, para mim,  cura tudo.




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18 de maio de 2014

Acho que estou saindo da minha fase de reclusão


Estou saindo da fase de não conseguir sair de casa. É tão bom. Minha medicação continua a mesma 900mg de Lítio e 75mg de Venlafaxina (a Venlafaxina abaixou um pouco), mas tenho melhorado.
A perícia médica exigiu relatório de psicóloga, então tive que ir. Mas só fui 2 vezes. A meditação que continua firme e forte. É incrível como a Meditação Sahaja faz diferença em minha vida.
Meu anjo (médico) disse que acreditava que eu estava passando por uma fase sabática, que eu precisava ficar só e me fortalecer, cuidar de mim. Algumas pessoas demoram mais a conseguir  recuperar-se. Esta vez demorei como uma tartaruga. Mas continuei em frente. Novamente meu anjo estava certo, estou melhorando sem mudar medicação e nada mais.  Só uns 4 meses semi reclusa.
Início deste mês consegui ir a um almoço de aniversário familiar. Ontem consegui sair de casa e ir dormir na casa de minha irmã. Ri muito, conversei muito, tomei banho de banheira fazendo bagunça como criança. Hoje participei da festa de aniversário desta irmã. No comecinho da manhã até entrei na piscina, coisa que não faço a 8 anos. Minha pele assustou-se, minhas coxas e barriga então!!! Elas não sabiam de onde vinha tanta luz, até assustaram.  Fiquei até com marquinha.
Fiz inúmeros exames: sangue, desintometria óssea, ecos mil... e blá, blá blá. Amanhã farei endoscopia. A única coisa que deu foi carência extrema de vitamina D. Então vamos ao Sol e a doses cavalares e, semanais de vitamina D por 2 meses e depois repete tudo de novo.
E as dores insuportáveis no corpo são da Fibromialgia mesmo. Ô saco, mas um remédio. Mirtax , específico para a fibromialgia. Vamos ver no que dá.


Pelo menos já consigo ver gente, mas não consigo, ainda,  atender à ligações. Um passo de cada vez.







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1 de abril de 2014

Família de depressivo,

Solidão em família


Esta semana saiu no Fantástico uma reportagem do Chico Anísio e quem teve a ideia da reportagem e fala durante o programa é meu ex-médico Dr. Antônio Geraldo. Não trato a muito tempo com ele pois encontrei um anjo para cuidar de mim.

Reportagem até interessante, superficial demais como sempre, mas boa. Mostrar famosos produtivos, vítimas desta doença pode fazer diminuir o preconceito. Mas o problema maior é a desinformação, a falta de cultura (ignorância) sobre o assunto. Mas isto eu já desisti.

Enfim, enviei o vídeo para meus familiares próximos pedindo para quem não viu a reportagem assistir, com uma pequena explicação da importância do que o Chico Anísio falou.

Ninguém respondeu. Minha família vive conectada, com celular na mão, até minha mãe. Eles tem esta reação. Se a palavra Depressão e meu nome estiverem no meio do assunto eles se fazem de cegos, mudos e surdos. Não entendo. Nunca tive ajuda deles. Todos são instruídos, educadores, tem psicóloga e blá blá blá...

Ninguém me pergunta como estou, acho que com medo da rsposta, medo de ter que ajudar ou de me ouvir lamentar. Eu não faço isto. Fiz no passado.

Quando fiquei 20 dias, isolada em casa ano passado, só meu pai me ligou e uma sobrinha mandava SMS.

Meu filho é filho único, antes tinha pena dele porque no futuro não teria a quem recorrer. Mas tenha irmãs e sempre estou só, me virando sozinha ou alguma amiga me socorre.



Mas se for outra doença, todos ligam, me levam ao médico. Vai interder. Queria uma explicação para isto. 

Socorro, não se pode ver a minha dor mas por dentro estou doente e quebrada. Sinto dores agudas na alma. Meu corpo reflete esta dor em forma de fibromialgia. Se depressão causasse feridas na pele as pessoas agiriam diferente? Não precisam me ajudar, tenho meu anjo (psiquiatra), só quero respeito e compreensão ou me deixe em paz no meu casulo até eu resolver sair novamente. Não atrapalho ninguém, só a mim mesma.

Eis o vídeo:






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23 de fevereiro de 2014

Ando precisando de uma euforiazinha.



Ando tão letárgica. Estou até de atestado médico, porque no trabalho eu não estava produzindo, não estava conseguindo nem ficar de pé. Que agonia.

Estou apenas vivendo, acordo cedo para tomar café com meu filho, depois sinto o dia passar e eu não conseguir fazer nada. Só vejo o dia passar mesmo. Não me arrumo, não faço comida, não saio.

Estou precisando de entrar em euforia, nem que seja uns dias apenas, uma semana. Pra ver se consigo fazer algo da minha vida. Detesto ser improdutiva.

Estou até com vontade de para a medicação para ver se entro em euforia. Mas não vou fazer isto porque tenho medo de piorar a letargia. Imagina?

Ô doença triste, Só quem tem sabe.

Quero conseguir sair de casa, arrumar meu guarda roupa. Arrumar cabelo. Faz meses que não vou a manicure, salão, estas coisas de mulher, por pura falta de energia. Porque querer eu quero muito.

O que ainda me segura é a Yoga. Se não fosse a meditação eu estaria só na cama deitada. Ai, preciso de ajuda, este mês já fui no meu anjo, dia 14 irei novamente.

Estou tomando 112,5mg de Venlafaxina e 900mg de Lítio

Bula Venlafaxina (clique aqui)


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2 de fevereiro de 2014

Ando tão sem energia e cheia de dores


Nossa, estou tão sem energia. Acordo até animada, começo a fazer as coisas que me propus. Mas aí, do nada, parece que minha bateria descarrega, as dores começam. Não tenho vontade de mais nada. Sinto dores pelo corpo todo (fibromialgia). Não tenho vontade de sair de casa.

Início da noite me animo novamente, mas só um pouco. Consigo fazer o que é preciso, mas na marra, porque dói do pescoço ao pé. E já fiz todos os exames possíveis e "não tenho nada". Fiz tanto exame, 27 ampolinhas de sangue.

Meu quarto e minha cama são tão lindos e gostosos, não quero sair deles. Levantar, sentar, movimentar meus braços dói, e tenho que fingir que não sinto perto dos outros para não ser a resmungona.

Fui ao meu anjo, ele falou que pela primeira vez não tem certeza do que fazer comigo.

Estou de férias, terminei a reforma de minha casa, coisa que a muito tempo sonhava, estou feliz por isto. Não tenho motivos para estar assim, e estou com a medicação que me dei bem e que nunca parei de tomar.

Segunda começo a trabalhar novamente, com os mesmos sintomas de quando entrei de férias. Como conseguirei vencer este ano no trabalho????

Estou preocupada...