Solidão em família |
Esta semana saiu no Fantástico uma reportagem
do Chico Anísio e quem teve a ideia da reportagem e fala durante o programa é
meu ex-médico Dr. Antônio Geraldo. Não trato a muito tempo com ele pois
encontrei um anjo para cuidar de mim.
Reportagem até interessante, superficial
demais como sempre, mas boa. Mostrar famosos produtivos, vítimas desta doença
pode fazer diminuir o preconceito. Mas o problema maior é a desinformação, a
falta de cultura (ignorância) sobre o assunto. Mas isto eu já desisti.
Enfim, enviei o vídeo para meus familiares
próximos pedindo para quem não viu a reportagem assistir, com uma pequena
explicação da importância do que o Chico Anísio falou.
Ninguém respondeu. Minha família vive
conectada, com celular na mão, até minha mãe. Eles tem esta reação. Se a palavra
Depressão e meu nome estiverem no meio do assunto eles se fazem de cegos, mudos
e surdos. Não entendo. Nunca tive ajuda deles. Todos são instruídos, educadores,
tem psicóloga e blá blá blá...
Ninguém me pergunta como estou, acho que com
medo da rsposta, medo de ter que ajudar ou de me ouvir lamentar. Eu não faço
isto. Fiz no passado.
Quando fiquei 20 dias, isolada em casa ano
passado, só meu pai me ligou e uma sobrinha mandava SMS.
Meu filho é filho único, antes tinha pena
dele porque no futuro não teria a quem recorrer. Mas tenha irmãs e sempre estou
só, me virando sozinha ou alguma amiga me socorre.
Mas se for outra doença, todos ligam, me
levam ao médico. Vai interder. Queria uma explicação para isto.
Socorro, não se pode ver a minha dor mas por dentro estou doente e quebrada. Sinto dores agudas na alma. Meu corpo reflete esta dor em forma de fibromialgia. Se depressão causasse feridas na pele as pessoas agiriam diferente? Não precisam me ajudar, tenho meu anjo (psiquiatra), só quero respeito e compreensão ou me deixe em paz no meu casulo até eu resolver sair novamente. Não atrapalho ninguém, só a mim mesma.
Eis o vídeo:
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