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27 de outubro de 2012

Diminuindo a dose de Furamato de Quetiapina




 Fui ao meu anjo, não teve jeito, ele me afastou por 30 dias do trabalho para poder diminuir a dosagem do Quetros/Fumarato de Quetiapina/Seroquel.
Não importa o nome que está na embalagem da quetiapina, se é Quetros, Seroquel ou Quetiapin, é tudo a mesma coisa, tudo engorda, só muda a dosagem.
Comecei com 100mg, passei para 50mg, fui à consulta com meu anjo pronta para nunca mais tomar isto. Ele me convenceu a continuar e tomar apenas 25 mg. Afastou-me do trabalho para acostumar com a nova dosagem.
Sem o Quetros não consigo dormir, com ele, não paro de engordar.
Comecei a tomar esta medicação no dia 15 de junho, de lá para cá engordei 8 kg.
Isto porque estou caminhando sempre, tento manter uma dieta equilibrada, mas este remédio me dá uma fome incontrolável. Eu já tenho tendência para engordar e com este remédio então...
Foram 2 kg por mês, com caminhada, se eu continuar assim vou explodir de gorda. Tomarei mais este mês e no máximo até o final do ano letivo. Depois ou ele troca esta medicação, ou eu paro por conta própria.
Só não parei ainda porque se eu não tomo não durmo, e já conheço as consequências disto, entro na fase de euforia rapidinho. Amo estar em euforia, mas às vezes...  Faço coisas não convencionais, que me arrebendo depois, tenho ressaca moral. Não é legal.
Não sei o que fazer, por enquanto tomarei a medicação até o dia 19/11, que é o dia que vou vê-lo, aí já vou chegar reclamando do remédio, e espero que desta vez, com aquele jeitinho de anjo, ele não me enrole de novo.
Amo meu anjo, se não fosse ele não sei o que seria de mim. 




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6 de outubro de 2012

Escrever como terapia.

Queimar o passado para se reinventar





Sei que nasci bipolar. Hoje, revendo minha história, relembro de minhas mudanças eternas de humor desde a infância.

Meus pais são sábios, minha sorte. Minha mãe inteligentíssima. Ela me ensinou a fazer diário para colocar para fora minhas tristezas, eternizar as alegrias e aprender a escrever bem. Foi bom em toda a minha vida de estudante, na graduação e na pós. Hoje escrevo aqui como em meus diários de infância. Não... na verdade não, neles eu escrevia muito mais, quase diariamente e colocava muito mais coisa para fora.

Como terapia ele funcionava assim. Eu escrevia quase todas as noites, as vezes mais de uma vez ao dia, escrevia, escrevia, e colocava minhas angústias lá. Desde criança. Depois, quando meu humor melhorava, e eu achava que tinha escrito coisas muito comprometedoras, ou o caderno acabava, eu colocava fogo.

O fogo me purificava, sentia como se tivesse apagado meu passado e tivesse a chance de recomeçar. Engraçado como bipolar tem a necessidade de recomeçar sempre, após as crises, após os problemas da vida. Necessidade eterna de se reinventar.

Não gosto de lembrar do meu passado, sempre vejo as besteiras que fiz e nunca as coisas boas. Lembrar meus períodos de tristeza me entristece.

Então eu olhava as folhas escritas, ia andando para trás no caderno e me entristecia. Queria apagar algumas coisas que fiz, algumas brigas, sei lá.... Queimava! Era bom, libertador. Parecia que tinham sido apagadas mesmo. Era como um ritual de renovação, de novo começo, de purificação!

Hoje tenho medo de ter caderno e alguém ler. Escrevo aqui, mas nem 1/10 do que desejo escrever. Não sei porque. Escrever é bom, é terapêutico, é como espremer um furúnculo, coloca o pus para fora, acelera a cura, diminui a dor.



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2 de outubro de 2012

Engraçado um bipolar

Bem, minha mente e meu emocional me pregam peças.

Tive 20 dias de SCI - Síndrome do Cólon Irritável (diarréia mesmo), emocional, por pressão no trabalho. A meses tenho dores por todo corpo, que descobri ser Fibromialgia (que tem fundo emocional), e agora, só porque sei que tenho consulta dia 09/10, que verei meu anjo, me sinto melhor. Aí é sempre assim, no dia da consulta, não consigo mostrar como estou ruim, de tanto que me sinto segura perto do meu anjo.

Aff, vai entender.

Espero esta consulta a 2 meses, para falar o tanto que mal estou me mantendo viva e conseguindo fazer o básico. Aí , uma semana antes, já melhoro por saber que ele vai fazer tudo ficar melhor, vai  entender.

Preciso de um atestado, desde julho luto para ir trabalhar e não pegar atestado. Tem dia que só fico bem por volta das 10h, e começo as 07h:30mim. 

Mês passado foi a primeira vez que realmente tive vontade de desistir de lutar, de me entregar a doença. Tanta dor, tanto mal estar, falta de energia, sono eterno, apesar de não conseguir dormir... Preciso me afastar uns dias, mas acho que não preciso mais de 15 dias, sei lá. Sempre que pego atestado me sinto culpada. Mas desta vez sinto que preciso de verdade aceitar um afastamento.




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